
Amazon Climate Hub promove debate sobre transição energética e papel da Petrobras no futuro de baixo carbono
No dia 13 de novembro, o ARAYARA Amazon Climate Hub será palco de um importante debate sobre os caminhos da transição energética no Brasil, com base em estudos recentes que propõem alternativas para acelerar a descarbonização do setor.
O objetivo do evento é discutir estudos e experiências recentes focados em propostas para a transição energética. São eles “A Petrobras de que precisamos: proposta da rede do observatório do clima para que a Petrobras faça sua transição de petroleira para empresa de energia limpa sem perder valor e importância nos rumos do país”, produzido pelo OC, em parceria com a UFRJ, “Biocombustíveis no Brasil: Alinhando Transição Energética e Uso da Terra Para um País Carbono Negativo”, de autoria do IEMA, “Integração de Energias Renováveis ao Sistema Elétrico”, produzido pelo IEMA/Coalizão Energia Limpa e “Energy Transitions: Just and Beyond” de autoria do Instituto Alameda. O painel também contará com a participação do Sindipetro-RJ/ FNP voltada tanto à transição energética justa e popular bem como, especificamente, do papel dos trabalhadores da PBio.
O evento contará com a participação de Suely Araújo, Coordenadora de Políticas Públicas do Observatório do Clima; Sabrina Fernandes, chefe de pesquisa do Instituto Alameda e membro do Pacto Ecosocial; Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA, David Tsai, coordenador de projetos, que discutirão os desafios e oportunidades para a transição energética brasileira, dirigentes do Sindipetro-RJ/ FNP e com a mediação de Renata Prata, Coordenadora de Advocacy e Projetos do Instituto Internacional ARAYARA.
A Petrobras de que precisamos: proposta da rede do Observatório do Clima para que a Petrobras faça sua transição de petroleira para empresa de energia limpa sem perder valor e importância nos rumos do país
O estudo aponta que a Petrobras ainda investe pouco em fontes de energia de baixo carbono e precisa acelerar seu processo de transição para alinhar-se às metas do Acordo de Paris.
O documento “Questões-Chave e Alternativas para a Descarbonização do Portfólio de Investimentos da Petrobras”, elaborado por dois professores da UFRJ, serviu de base para o relatório “A Petrobras de que precisamos”, proposta da rede do Observatório do Clima para que a Petrobras faça sua transição de petroleira para empresa de energia limpa, sem perder valor e importância nos rumos do país. O documento foi escrito coletivamente por 30 organizações do Observatório do Clima, entre elas o Instituto Internacional ARAYARA, o ClimaInfo, o IEMA, o WWF Brasil, o Greenpeace Brasil, o Instituto E+ e outras.
De acordo com os pesquisadores, apenas US$ 9,1 bilhões dos US$ 111 bilhões previstos no plano de negócios da Petrobras para 2025-2029 — menos de 10% — seriam destinados a energias de baixo carbono. Mesmo considerando os US$ 16,3 bilhões informados pela estatal, o montante é considerado insuficiente para alcançar a neutralidade de emissões até 2050.
O estudo recomenda interromper a expansão em novas fronteiras fósseis, como a bacia sedimentar da Foz do Amazonas, e redirecionar investimentos para fontes renováveis, biocombustíveis, hidrogênio verde, energia solar e eólica.
Para Juliano Bueno, diretor técnico do Instituto Internacional ARAYARA, “menos de 10% dos investimentos da Petrobras estão realmente voltados à transição de baixo carbono. É preciso coerência entre o discurso público e as ações concretas”, afirma.
Integração de Energias Renováveis ao Sistema Elétrico
Já a publicação “Integração de Energias Renováveis ao Sistema Elétrico”, lançada em agosto pelo IEMA em parceria com a Coalizão Energia Limpa, destaca os desafios para incorporar o crescente volume de projetos de fontes renováveis — como solar, eólica e biomassa — ao sistema elétrico nacional.
O estudo propõe soluções em regulação, planejamento, operação e critérios econômicos, e aponta que a transição para uma matriz elétrica com alta participação de fontes renováveis requer aprimoramentos no planejamento e no modelo de remuneração do setor elétrico.
Segundo o relatório, sistemas de armazenamento de energia, como hidrelétricas reversíveis e baterias, serão essenciais para garantir a resiliência e estabilidade da oferta de eletricidade no país.
Biocombustíveis no Brasil: Alinhando Transição Energética e Uso da Terra Para um País Carbono Negativo
O relatório “Biocombustíveis no Brasil: Alinhando Transição Energética e Uso da Terra Para um País Carbono Negativo”, de autoria do IEMA objetiva analisar avaliar o acréscimo da produção de matérias-primas para esses biocombustíveis, tendo em vista a demanda exigida para o alcance de uma economia negativa em carbono até 2050, embora utilizando somente parte das áreas hoje ocupadas por pastos degradados, sem a necessidade de qualquer desmatamento a mais ou competição com a produção de alimentos. Busca-se, dessa maneira, compreender o alinhamento do uso de bioenergia com a preservação de áreas naturais e a recuperação de campos degradados.
Energy Transitions: Just and Beyond
O dossiê “Energy Transitions: Just and Beyond” (“Transições Energéticas: Justas e Além”), do Instituto Alameda, compila contribuições de seus editores e autores, abordando a emergência climática, a temática da soberania, arranjos de transições justas, estratégias políticas e a geopolítica da energia. Esta análise acessível, porém abrangente, concentra-se nas tendências energéticas globais, conflitos e caminhos a seguir nos próximos anos. Embora a transição para uma sociedade de baixas emissões exija ir além de soluções setoriais, os gargalos na transição energética continuam sendo um grande desafio para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O dossiê aprofunda as complexidades de coordenar uma transição justa internacional em uma corrida contra o tempo.
Campanhas do Sindipetro-RJ e FNP pela soberania climática e energética do Brasil
Os processos produtivos das empresas de petróleo e gás no Brasil, especialmente a Petrobras, historicamente são pauta de interesse direto de trabalhadores organizados do setor. Para além de assuntos restritivamente sobre condições de trabalho, a própria economia nacional e o papel do Brasil no mercado são matérias sobre as quais os petroleiros se mobilizam. Questionam-se aspectos relacionados ao controle da cadeia produtiva do petróleo, gás e biocombustíveis tanto no que concerne ao papel do Estado brasileiro quanto da sociedade. Essas disputas ganham matizes específicas em tempos de elaboração de transações justas, diante do consenso científico e compromissos internacionais de que os combustíveis fósseis sejam gradualmente abandonados. Nesse cenário, trabalhadoras e trabalhadores do Sindipetro-RJ têm realizado campanhas, abarcando a produção de documentos, bem como a promoção de espaços de discussão e mobilização popular.
ARAYARA Amazon Climate HUB
📅 Data: 13 de novembro
📍 Local: Amazon Climate Hub
🕖 Horário: das 9h30 às 12h00 (horário local)
💻 Transmissão online ao vivo
🎥 Formato: Híbrido e com transmissão online
Informações: https://amazonclimatehub.org/
Contato para imprensa:
Nívia Cerqueira – Jornalista –
+55 (61) 99936-5152
Sara Ribeiro – Gerente de Relações Institucionais e Especial COP30 ARAYARA-
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